O imprevisível do previsível
Não é doce, é irascível
Não é possível essa coisa toda
Ser assim tão impossível
Esperam de mim este sorriso
(que dói e sangra, já disse!)
Esperam de mim essa força
Que não tenho a força de ter
(só a força de querer...)
Esperam de mim este olhar
Com a absurda capacidade
De vislumbrar tanta beleza
que se tira dos maiores horrores
Que não seja tão triste o que é triste
Na tristeza que se esconde por aí
e mal se disfarça para quem sabe ver
Não quero ver mais nada morrer
Não quero saber de viver
Sob a sombra da alienação
As guerras, as trevas, o mal
O descuido do caminho
O caminhar em vão
E esses horizontes moram
somente aqui neste olhar?
Esperam de mim estes passos
De pisar por sobre as pedras
e ir além dessas pedras
de agarrar espinhos
num jardim sem cores
Esperam de mim as palavras
Com que esboço os silêncios
De minha alma cansada
de voar toda imensidão
O a luz impassível
Com que torno possível
Andar na escuridão
Amanhecem os dias
mas não em mim
não para mim
Em mim anoitece
O que nunca vou dizer
Não é doce, é irascível
Não é possível essa coisa toda
Ser assim tão impossível
Esperam de mim este sorriso
(que dói e sangra, já disse!)
Esperam de mim essa força
Que não tenho a força de ter
(só a força de querer...)
Esperam de mim este olhar
Com a absurda capacidade
De vislumbrar tanta beleza
que se tira dos maiores horrores
Que não seja tão triste o que é triste
Na tristeza que se esconde por aí
e mal se disfarça para quem sabe ver
Não quero ver mais nada morrer
Não quero saber de viver
Sob a sombra da alienação
As guerras, as trevas, o mal
O descuido do caminho
O caminhar em vão
E esses horizontes moram
somente aqui neste olhar?
Esperam de mim estes passos
De pisar por sobre as pedras
e ir além dessas pedras
de agarrar espinhos
num jardim sem cores
Esperam de mim as palavras
Com que esboço os silêncios
De minha alma cansada
de voar toda imensidão
O a luz impassível
Com que torno possível
Andar na escuridão
Amanhecem os dias
mas não em mim
não para mim
Em mim anoitece
O que nunca vou dizer