CALOR
Manhã de verão.
O sol é ouro.
Pés descalços, caminho na areia fina e úmida.
Sinto-me lisonjeada com ter à disposição tanta beleza.
A natureza é uma festa.
A mata com tonalidades variadas de verde,
costeia o mar que, por sua vez, estende sobre a areia
um tapete de renda branca,
espuma pura para meu pisar,
oferecida por ondas incessantes.
A linha do horizonte costura o cèu com o mar.
Lá, a água é azul marinho, mas à medida que se
aproxima da praia,
torna-se verde esmeralda com manchas cor de ametista.
O rumor das águas acompanha este ritual, é música de fundo.
Não mais estou sobre o tapete de espuma.
Agora é um manto que, em abraço tépido, balanço de vaivém, me envolve, tem sabor especial.
Minha pele está em chamas...