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SAUDADES REFLETIDAS!



Tudo parecia terno como calmaria em mar aberto,
E os prazeres dias antes sentidos, transbordavam ainda, sobre minha pele, 
Sob o seu vestido, dois dias depois do nosso primeiro encontro!

O tempo fora passando,
Uma semana, duas, três, um mês.

Um mar de desejos começava a caminhar,
Impulsionando os pensamentos,
E os ventos da imaginação, enchia as velas
do meu barco que seguia cortando o mar, 
A brisa e o orvalho da madrugada.

Trocávamos olhares de longe,
De muito longe, alguns sorrisos viajavam
ao encontro das vontades pulsantes,
Ecoavam saudades explicitas,
Que teimavam arder, queimar,
Quando refletidas em nossas próprias mentes.

Nem eu nem ela, suportávamos mais a distância,
A falta do calor e dos perfumes exalados
de nossos corpos suados, quase que desfalecidos,
sobre uma cama encharcada de veneno!

Não havia mais o que pensar,
Tudo seria pouco para retratar
a força daquele instante!

Só nos restava encontrar um jeito
de estarmos juntos outra vez!

A data foi escolhida e a ansiedade sentida,
Aumentava as horas de cada dia,
Parecia que o tempo havia mesmo esquecido de nós!

Nada era mais importante,
Nada era mais necessário,
Do que o nosso segundo encontro.

Um dia antes da data marcada
a ansiedade era tanta,
Que praticamente nem nos falamos.

O dia finalmente chegara,
Parecia filme. Passos largos
apressavam-se em direção ao outro,
Sorrisos explodindo como fogos de artifícios,
Abrilhantavam as emoções,
E um beijo exagerado disparou nossos corações.

Nossas alegrias,
Saltavam os olhos dos que passavam,
Nossos perfumes desabrochavam flores,
Nossos lábios, braços e corpos iam se apertando,
Se adentrando uns por entre outros.

E como num tempo que não queria seguir em frente,
Ficamos estáticos num beijo interminável!

Olhos vidrados em um só ponto,
Corpos ardendo em chamas,
Não sabíamos mais o que fazer,
Nem queríamos dizer mais nada,
Seguimos por uma estrada
a procura de um lugar único,
Um chalé escondido bem no meio da mata.

Nesse momento, as trocas de olhares
iam ficando mais próximos e nossos lábios
brincavam na fervura dos acontecimentos.

A pele quente dourada,
Perfumava o ambiente, meus lábios foram
descendo gentilmente, acariciando-lhe os seios.

A carne tremia, o corpo nas pontas dos pés,
Meus lábios entenderam o recado,
Caminharam com língua quente
assanhando-lhe o ventre, toques delicados
seguem ao encontro de sussurros,
Ávidos de tesão, quando toquei-lhe o sexo.

Levanta-me então pelos cabelos, aperta-me as costas,
Bocas enlouquecidas trocavam carícias,
Enquanto soluços de gozos se misturavam, 
A um abraço mais que apertado
do côncavo no convexo!






Poetas têm mentes férteis!
Texto elaborado a partir de ficção poética.

Música de:
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Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 18/10/2006
Reeditado em 21/10/2006
Código do texto: T267288
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