BRINCANDO DE AMAR

Embalei esse amor no meu colo,

cantei até cantigas de ninar,

quase sufoquei esse amor de beijos,

esqueci de mim, apenas para amar.

e nas madrugada insones de poeta,

fiz versos, cantei sua presença,

velei por ele, como cão de guarda.

E quando o sol iluminava nosso quarto,

e seus olhos vislumbravam o dia,

Era no seu abraço que eu me encontrava...

Fez-se adulto, soltou amarras,

se perdeu nas noites amarguradas,

se entregou ao fascínio dos degenerados,

mas sempre volta, ora bem, ora maltrapilho,

trazendo nos olhos a tristeza dos perdidos,

homem, menino, forte ou fraco, vitorioso ou vencido,

Ainda é meu filho!

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 12/12/2010
Reeditado em 12/12/2010
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