BRINCANDO DE AMAR
Embalei esse amor no meu colo,
cantei até cantigas de ninar,
quase sufoquei esse amor de beijos,
esqueci de mim, apenas para amar.
e nas madrugada insones de poeta,
fiz versos, cantei sua presença,
velei por ele, como cão de guarda.
E quando o sol iluminava nosso quarto,
e seus olhos vislumbravam o dia,
Era no seu abraço que eu me encontrava...
Fez-se adulto, soltou amarras,
se perdeu nas noites amarguradas,
se entregou ao fascínio dos degenerados,
mas sempre volta, ora bem, ora maltrapilho,
trazendo nos olhos a tristeza dos perdidos,
homem, menino, forte ou fraco, vitorioso ou vencido,
Ainda é meu filho!