Era sonho demais
Era grande demais, lindo demais, distante demais
Era tão demais, tudo era demais, a vida e o sonho
Que do alto dos meus dias eu sonharia sempre mais
Mas agora envelheço e me canso, sem descanso
Era tudo olhar para trás e recolher os cacos de sonhos
Era apagar as pegadas de meus passos e meus impasses
Era dilema demais essa vontade de ser feliz me iludir
Era sentir a tarde entrar pela janela em forma de brisa
E toda a vontade entrar na noite em forma de silêncio
Era uma palavra furtiva a sussurrar-me amor no ouvido
Era cada emoção que desvanecia feito bruma de antanho
E tão estranho andar entre troncos as árvores do parque
As folhas mortas como sorrisos de dor só para mim
Era querer demais não precisar de nada além disso assim
Era poesia demais a enfeitar de cores novas a velha realidade
Era a vida de verdade que era demais diante do sonho
A vida que arde e dói e consome, a vida que me some
Que apodrece na carne, nos ossos e nos pensamentos
Que se torna demais na iminência de um último momento
Em que fechar os olhos me levam a uma escuridão demais
Porque tudo era luz demais, radiante demais para meus olhos
Meus olhos tão cansados de tanto ficar olhando para trás
E tanto faz para onde olhar agora que tudo é demais
Num sonho de querer mais, sonhar mais, viver mais
Toda a intensidade de cada emoção que sempre é demais
Te querer demais e ser menos que o que se quer, demais
Quando nunca me verás mais porque nunca olharás
Como eu olho demais para o que ficou para trás
Que era sonho demais para quem não sonha
E nem sabe sonhar mais...
Era grande demais, lindo demais, distante demais
Era tão demais, tudo era demais, a vida e o sonho
Que do alto dos meus dias eu sonharia sempre mais
Mas agora envelheço e me canso, sem descanso
Era tudo olhar para trás e recolher os cacos de sonhos
Era apagar as pegadas de meus passos e meus impasses
Era dilema demais essa vontade de ser feliz me iludir
Era sentir a tarde entrar pela janela em forma de brisa
E toda a vontade entrar na noite em forma de silêncio
Era uma palavra furtiva a sussurrar-me amor no ouvido
Era cada emoção que desvanecia feito bruma de antanho
E tão estranho andar entre troncos as árvores do parque
As folhas mortas como sorrisos de dor só para mim
Era querer demais não precisar de nada além disso assim
Era poesia demais a enfeitar de cores novas a velha realidade
Era a vida de verdade que era demais diante do sonho
A vida que arde e dói e consome, a vida que me some
Que apodrece na carne, nos ossos e nos pensamentos
Que se torna demais na iminência de um último momento
Em que fechar os olhos me levam a uma escuridão demais
Porque tudo era luz demais, radiante demais para meus olhos
Meus olhos tão cansados de tanto ficar olhando para trás
E tanto faz para onde olhar agora que tudo é demais
Num sonho de querer mais, sonhar mais, viver mais
Toda a intensidade de cada emoção que sempre é demais
Te querer demais e ser menos que o que se quer, demais
Quando nunca me verás mais porque nunca olharás
Como eu olho demais para o que ficou para trás
Que era sonho demais para quem não sonha
E nem sabe sonhar mais...