A INSPIRAÇÃO II


No coração do verdadeiro poeta a inspiração nunca morre. Tem direito a férias, isto sim. 
Nesses períodos ela viaja pelos céus, percorre galáxias, repousa nas nuvens, encontra seres não concebidos, sobrevoa paisagens
estrangeiras, conhece a história de outros povos, observa  sentimentos desconhecidos, conjuga verbos vários, apreende novas rimas, vindas da natureza e do barulho das cidades.
Apetrecha-se.
Faz uma pausa para reflexão, para flanar por dentro de si, respirar entre os mortais o mesmo ar.
Passeia de bicicleta. Adormece sem palavras. 
São essas recordações de viagem, essa estação de turismo, que alimentarão os novos poemas do poeta. 




[Dedicado ao querido amigo Aldo Lopes, que me escuta, aconselha e entende.] 



Imagem: Martin Frias

KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 17/10/2006
Reeditado em 26/06/2009
Código do texto: T266571
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