INAUDÍVEIS RUÍDOS NO PISAR

Inaudíveis ruídos no pisar,

Com branduras marcas existentes,

Desfazendo o que possa constatar,

As agruras que este corpo está vivendo,

Tão somente sua alma a escuta,

Porque capta ao som do seu espírito,

Não se faz de arrogada e nem consulta,

Aos desejos que perfazem seus delitos,

Estes morrem antes de serem vingados,

Sem a seiva do egoísmo desfalecem,

E figuram como antros do passado,

Das vontades que a levariam ao abismo,

Mas tivera o domínio dos intentos,

Represastes com ardor o que não serve,

Hoje em dia é tida como inocente,

Pede a Deus que sempre assim ele a preserve,

Das luxurias lhe sobram apenas sombras,

A verdade encapsulou seu novo véu,

Pois um dia este seu corpo foi alfândega,

Albergando todo mal em sua espécie,

Reformulada, o teu espírito te agradece.

(Miguel Jacó

09/12/2010 09:05 - nana okida

"Se agora tu constatas toda dor

Que um dia possa ter-te acometido

Tens do futuro o alívio, no amor

De todo mal ficar esquecido

Ouça do instinto, a voz do coração

E deixa o corpo dizer o que quer

Liberta da alma o que resta de paixão

Procura a alforria, que tanto quer

Buscando no corpo desejoso e lascivo

Que, na certeza será tua mulher

Num lampejo de erotismo decisivo

Vai em busca da liberdade prometida

Verte do desejo as correntes

Se, por ventura ainda te prende

Voa juntos, felizes e contentes

Onde, à paixão ainda se rende"

Bom Dia Mestre, não sei o tamanho da minha ousadia, mas, não consegui ler a tua linda prosa sem arriscar uma interação pra lá de maluca. Beijos!

Para o texto: INAUDÍVEIS RUÍDOS NO PISAR (T2661690)

Obrigado Nana Okida pela sua eximia interação, ela lustra o meu poema.

09/12/2010 16:55 - Calliope

QUIÇÁ

Talvez somente seus pés sentissem

Pela inconsciência que rodopia e causa a tal vertigem

Talvez seja só isto...

Então paira no ar o que não se sabe

É a leveza o que pesa?

Sua falsa promessa...

Por não saber ascender

Seu passo mais largo esconder?

Talvez fosse tão somente seus tantos pliés

A espera de seus adormecidos elevés

Talvez somente seus pés sentissem

Ou pressentissem...

Foi-se antes do tempo a bailarina

Calou junto a surda menina

Adormecida em silente caixa

Um vácuo mui seguro

Guardou aí seu passo mais puro

E inda que dentro por vezes do sono acorde

Jamais ouvirá outra vez o acorde.

Amigo Miguel,eis o verso que inspirou este teu carinho.Sinto-me muito honrada sempre,querido!Um beijo,luz e paz!

Para o texto: INAUDÍVEIS RUÍDOS NO PISAR (T2661690)

Muito obrigado Nobre Poetiza Calliope por ter me trazido de presente os versos aos quis inteirei com a minha sensibilidade poética aqui dimensionada.

MJ.