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É normal?

Sentir falta de quem não partiu,

a ausência de quem mal chegou,

A presença de quem não está?

Me diz o que é que eu faço, se a vitrola quebrou

E o seu disco não toca

E você não me toca

E se toca, eu não sinto

E se sinto, dou as costas

É fatal?

O passarinho que não mais canta,

a música interminada,

O diabo, no meio da estrada?

Me diz como reajo, se o tropeço me derrubou

E você não entendeu

E eu não reentendi

E você compreendeu, e eu me repreendi

E se volto, chove novamente

É banal?

Esbarrar com o amor da sua vida,

a música, completa

A parte que te faltava, pra ser feliz daquele jeito?

Né não, né?

Me diz o que é que eu digo, se o amor me enganou

Ou se você se enganou

Ou se nós nos enganamos

Ou se a briga, é o engano

E eu volto, e faz sol.

É comum?

Eu te encontrar, como quem procura nada

E te amar, como quem quer de tudo

E te prender, como o carrasco

E te perder, em uma semana?

Me diz o que é que eu choro, se é tarde pra consertar

Ou é cedo pra tentar

e é meio-dia pra conversar

E é manhã, é fim de tarde.

E uma música pra te cantar.

Raios não caem no mesmo lugar duas vezes. né?

É grave, doutor?

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 07/12/2010
Código do texto: T2658790
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