OS PREGUIÇOSOS

...E a mediocridade acompanha quem começa a viver e não acaba.

Apaga, feixe por feixe, a glória do que se importa pouco com tudo.

Regada ao leite materno a inação bruta desses seres opacos,

desce matando-lhes qualquer iniciativa rara. Os vivos atormentados

por um sono onipotente agem a anular-se-lhes o ânimo no

subconsciente.Maldita inércia que encerra em sua arca pesada todos

os dons, talentose atributos dos desgraçados que sofrem a preguiça!

De todas, a cruz de chumbo, prisão sem muros, a âncora da vida.

Pode não ser a primeira e nem fechar a cortina da miséria humana,

mas é dor. Desatina muda, corta calada o sonho e a carne. Dos

ungüentos todos, medicinas e medidas, a única redenção às

sucessivas decepções seria entregá-la a quem nos deu, a chance de

viver. Ah, o fim certo (graças a Deus)... O salvífico acerto final. O

cabo da única empreita que qualquer medíocre principia e finda:

a missão Vida!

LEANDRO RAMOS
Enviado por LEANDRO RAMOS em 06/12/2010
Código do texto: T2657155