RETRATO DUM QUASE EU
A cada dia
sigo entre muitos "deuses"
sob as luzes cegas dos seus holofotes
sem nunca atingir a "grandeza" dos "enormes".
São inatingíveis as alturas que armam os fúteis pedestais...
Sigo no íntimo do meu invisível (mas pulsante!) anonimato,
sob o dilema da minha pequenez consciente...
e autolimitada.
Sem nunca atingir a sabedoria dos tantos sábios,
sigo desprovida da hipocrisia que enobrece os "grandes"
e dos vis valores que distorcem todas as realidades.
Todavia , eis que milagrosamente sigo!
Ainda que a pontuar um ilegítimo espaço...
que há muito já não reconheço como meu.
É assim que sigo eu,
num ser contextualmente desprezível
algo um tanto insignificante
para a grandeza do momento.