CONFESSO VII

De tanto te amar, hoje, eu quero confessar-te que, o meu coração somente a ti pertence. E, foi assim, que eu consegui tingir o meu coração de violeta. Pois, antes de te conhecer, ele era triste e eu nem mais sabia da sua existência. Minha querida, com muita elegância, dedicação e carinhos, tu soubeste ressuscitá-lo, agora, ele é um novo Lázaro redivivo em tuas mãos.

Por isso, eu sempre te afirmo que, o meu padecimento era muito grande antes de tu me procurares aflita e amorosa. Agora, dormindo às sombras das tuas eternas sobrancelhas e, completamente submisso aos teus beijos, eu posso afirmar que não mais me pertenço, pois, tu me transformaste num vassalo somente para te fazer feliz.

Minha senhora: Eu confesso que sois por mim muito amada e, o meu pobre coração, sem querer, transformou-se na tua definitiva morada, pois para ti, ele se fez um ninho de amor. Eu espero que ele seja suficientemente grande e bondoso, para acolher a tua alma, o teu corpo e esses lindos olhos que eu adoro e canto em meus poemas.

Eu, com muita humildade e raro carinho, te ofereço este “confiteor” com muita, rara e sincera afeição. Nada mais, eu quero de ti meu amor, pois tudo o que tens é grande, e eu somente posso oferecer-te essas minhas pobres e mal empregadas palavras de amor.

Assim, submeti ao meu e ao teu coração, as minhas razões estabelecidas por te amar tanto. E tu, minha querida senhora, é que levantastes essas palavras da minha alma e lhes deste a vida.

Amo-te por uma ruga de expressão, que faz sombra ao teu lindo e inebriante sorriso.