CONFESSO VI

Confesso que sempre fui contra ou não entendia esse tal de ciúme, achava que era falta de segurança ou propriamente dito, uma completa ausência de credibilidade na companheira ou no companheiro. Durante a minha tumultuada vida, eu nunca senti esse sentimento, pois o considerava mesquinho. Mas, também devo confessar que, em minha vida passada, eu nunca amei de verdade, assim como estou amando hoje.

Agora, eu realmente estou amando essa linda mulher, e, por uma razão que não sei explicar, eu acredito cegamente em seu amor. Talvez seja porque eu a ame verdadeiramente. Entretanto, para a minha desdita, eu não sei se é bom ou ruim, mas o fato é que, de vez em quando, eu sinto uma pequena sombra de ciúmes.

É lógico que eu entendo esse estado de espírito que me acomete atualmente, pois, ela é muito jovem e linda. Mas, conforta-me o fato de que, quando estou com ela, tudo em mim se acalma e vejo apenas em nós, bruxulear a luz inominável do amor e da inevitável sedução.

Confesso que, no meu tribunal íntimo, a minha consciência, ela sabe perfeitamente que o que existe em nós é, simplesmente, um julgamento de amor, que é traduzido pelos nossos beijos.