UMA JANELA ABERTA PARA O NADA

Abri minha janela para a noite
Mas não havia luar nem serenata.
Busquei dentro da noite fria e tão escura
Um pouco de luz que fosse
Para iluminar a minha vida
Mas encontrei apenas solidão...

- Esperei a madrugada-
Mas essa trouxe apenas mais silencio
Mais desesperança.

- Amanheceu...
Abri minha janela para o dia
Mas não havia sol...
Era nada mais que um novo dia;
Um dia a mais de uma vida vazia de carinho.

Minha janela outra vez aberta,
Alcança, simplesmente,
Um vazio longo com sabor de angústia
Com sabor de nada.


Brasília, 05/12/2010