As reticências no meio do nosso contexto...
Eu preciso de paz... Será que encontrarei paz nos teus braços? ... Tudo o que eu queria era dar paz a você, a paz que seus demônios não te deixam sentir ... Essa paz idealizada que sucumbe a qualquer falsidade ... Pena que meus olhos verdes não são os falsos que você procura ...
O caldeirão do inferno ferverá se você quiser ... O inferno será onde eu estiver ... Serei o demônio que dará a paz demoníaca de que você tanto precisa ... As unhas negras correrão pelas costas que estão carregando o mundo ... E a boca ... Ahh a boca ... Nada se compara ao que a boca lasciva e cheia de desejos pode fazer ... Um estouro pode ser pouco ... A champagne lubrica sairá dos poros ... Escorerá pelas pernas ... Tentando escapar do corpo ... Provocando delírios e espasmos ... O som de êxtase soará como lira aos aos ouvidos ... O gosto de suor será doce ... O seu cheiro ficará em mim e o meu em você ... Seremos uma mistura de nós e não será possível distinguir onde um começa e o outro termina ... O hibridismo da noite e do dia ... O entardecer ... Vermelho como as faces branquinhas ... O vampiro e sua vítima ... Serei sua sem receio ou pudor ... Farei com que você deseje mais e mais de mim, até o último gole do vinho ... sem convenções, nem copos ... Já degustou e de alguma forma já conhece o meu teor ... É o somelieur da alma ... Então embriague-se de mim ... Tudo o que é bom vicia ... Mas não tenha cuidado, não farei você sofrer a crise de abstinência ... Seus tremores serão outros ... Terão outra causa ... E a circunstância seremos nós ... Vou descobrir o meu gosto na sua boca ... Te mostrarei suas cores através de mim ... Toda ação provoca uma reação ... Falta movimento além das mãos ... Falta você em mim desafiando as leis da física ... Não tenha medo ... O único problema que pode me causar é eu não deixar você ir embora ...