A CHUVA CAI
Cai a chuva.
Sinto o frescor do ar e o aroma da terra molhada.
Não pretendo evitá-la; antes, exponho-me sem desviar dos pingos,
que, abundantes desde um manancial azul, fertilizam o solo,
inundam os rios e dão cor ao verde e à rosa.
São gotas, que, antes de rolar sobre as trilhas e os vales,
tombam reluzentes, refletindo raios de bençãos.
Efluindo energia, é a própria vida dissimulada por camuflagem líquida.
E absorvo, assim, porções e unções da natureza divina, enquanto a chuva cai.