O sono

Quando as luzes se apagam,

E a noite chega...

Tudo se esvanece na madrugada absorvente,

Tragando no seu seio,

O torpor do iminente stress,

Que nos devora

Na rotina diária,

Da nossa existência

O sono e o sonho...

Aparecem como drogas,

Impedindo-nos de pensar

Pesadelo?

Ou não!

Anestesiando o nosso corpo,

E o nosso pensamento

Qual heroína,

Entrando nas veias,

Devassando a nossa mente

Atirando-nos para um gueto,

À margem de tudo que nos rodeia

Não durmam!

Não sonhem!

Não se desliguem da realidade

Pensem!

Lutem!

Contra o marasmo do existencialismo passivo,

E sedentário

Esperando...

Que tudo aconteça

Absortos,

Num sono profundo.

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 14/10/2006
Código do texto: T264093