Impunemente

São tão serenos os fórceps licorosos

De tão salgados que pairam, regem doçuras

De tão levados que são, medem loucuras

No contratempo da solidão

Ante os anais da inquisição

O gosto imenso e o cheiro intenso

Duma noite banhada em chorume

Rastro de polvilho em ilhota sã

E não se vê costume

Em meio ao holocausto verifica-se

Somente gente impune!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/10/2006
Código do texto: T263718
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