DESLEIXOS AFLORADOS
Te fartastes deste ser imaculado,
Que temia uma avalanche de defeitos,
Dentre outros ainda fora o suspeito,
De fraudar o destino da humanidade,
Mas não clamas por nem uma caridade,
Tão somente reconheces ser inútil,
E somando toda esta vida fútil,
Já somastes as perdas do sacro santo,
Teu olhar não mais transmite um encanto,
Sendo a cova dos desleixos aflorados,
Resumindo teu presente e passado,
Abandonas os valores constituídos,
Hoje em dia teu espírito evoluído,
Se desnuda das vestes apodrecidas,
Como fora uma fase entorpecida,
Não te lembras das venturas mais prementes,
O teu corpo tinha uma alma demente,
E só por isto nunca fostes contemplada,
Felizmente já no fim da tua estrada,
Te destes conta do teu engarrafamento,
E construindo um semblante desatento,
Para que tivesse um êxito profundo,
Acabando teu está por este mundo,
Desfalece o teu corpo em carne viva,
E felizmente teu espírito se exorciza.
(Miguel Jacó)
25/11/2010 09:36 - nana okida
Perco o viço da minha juventude,
em total demência e sofrimento,
trago do passado esta amargura,
em busca da liberdade prometida,
vou em busca do livramento,
despojando de tudo nesta vida,
rumo aos céus com tua figura,
do meu algoz, à pessoa amada.
em devaneio, já demente e insegura,
caminho incerta por longa estrada,
deixando no rastro arrependimento,
com as carnes pútridas, desvirginada,
olhando em busca do firmamento,
penso na minha vida despudorada,
e num ultimo lampejo de memória,
lembro do teu corpo jovem ainda, sim,
repenso em como foi a nossa história,
E vejo quão inútil, fostes para mim..
.BOM DIA Miguel, linda prosa poética, uma verdadeira pérola, que não resisti em macular com minha interação...bjs!
Para o texto: DESLEIXOS AFLORADOS (T2635503)
Obrigado Nana Okida por esta eximia interação ao meu poema.