COLATERAL: Hora de reavaliar-se
Está faltando coração à pena, como falta pena ao coração.
Estamos nos tornando escravos da vontade, não condutores do sentimento, meus caros sonhadores. Sejamos mais intensos, sejamos mais reais ou irreais, algo precisa ser mudado.
São os ventos que empurram a poeira, não a poeira que leva o vento. São as árvores que seguram as folhas, não as folhas que mantém as árvores. O palco é o instrumento da peça, não a peça um instrumento do palco.
Quando a pena tocar o papel devemos nos lembrar da nossa “coadjuvância”, nós criamos, mas a obra é quem protagoniza a história. Nós somos o vulcão e ela a lava. É papel dela inflamar os corações das pessoas e nosso papel expulsa-la.
Não sejamos um vulcão que cospe cinzas, sejamos ativos, lançaremos brasa e influenciaremos muitos ao nosso entorno.
O que faz de você um explorador de sonhos é a forma peculiar como os observa e revela ao mundo, o meio como aborda sua interioridade.
Escrever é mais que reconhecer-se e aos outros, é também doar-se. Para escrever não basta ser bom ou espetacular (isto é detalhe), a escrita significativa é aquela que revela ideologias, que comunica, que simboliza...
... Somando isto a um tanto de coisas faz-se um escritor e não o contrário.