Compreender e aceitar


Compreender o significado do amor é algo quase que impossível. Até mesmo pelo paradoxo que ele representa.
É sutil, porém devastador.
É doce, porém deixa um gosto amargo quando se vai.
É energia pura quando latente, mas tira as forças quando termina.
Enfim... é um sentimento complexo quando se tenta entendê-lo, mas tão simples quando apenas optamos por vivê-lo. 
Sorver cada gota de felicidade, como a planta sorve as gotas do orvalho da manhã, deleitar-se com a suavidade de seu aroma, como o doce cheiro da terra molhada após uma chuva de verão.
Se deixar levar pela emoção, como a folha se deixa levar pela brisa leve do fim de tarde.
Se permitir colorir a vida como cada manhã se permite ser perfeita com o nascer do sol.
É... amar é simplesmente ser feliz, se permitir, saborear, aproveitar, viver...
Mas... é quando esse aroma, esse calor, esse sabor, essa vida se quebra em mil pedaços e seus fragmentos são impossíveis de juntar, fazendo daquele que amou, um ser doido, sentido, sofrido?
Não existe remédio para curar coração partido, amor rompido, vida transformada.
O que resta é aceitar que cada momento vivido, cada cheiro sentido, cada toque permitido, cada riso trocado, cada gosto absorvido, adoce os dias que virão e que cada novo dia, cada novo amanhecer, mostre que mesmo que tenha acabado, valeu a pena ter amado, sentido, vivido, permitido... ser feliz.

Bernardete Maciel
Enviado por Bernardete Maciel em 22/11/2010
Reeditado em 22/11/2010
Código do texto: T2630189
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