Silêncio
Deixei-me ao silêncio aquilo que introspectivamente se efetuara
Consequentemente transcrito ao meu quotidiano que enfadonho prossegue
Como se prescrevesse aquilo que outrora coexistia e ainda me delinquía enxergar
Deixe-me ao silêncio outrora choro incontido do amor rotineiro que não volta
Assim como o inelutável que não cessa que calado sofre as dores por não compreender o teu libertar que contrário ao meu desejo fora
Deixara-me ver o amor ao cego, a gritar paixão ao surdo
Pois tudo que se efetuou,existira apenas no calar do peito
Deixei-me ao silêncio pois ainda insistia em acreditar que na perfeição platónica
Encontrarias em mim aquilo que na verdade espreitava de ti...
Quão puro é o amar, ou seria inocente?
A procura das repostas que não se encontram gera apenas a estuga dos passos que percorre a ansia
Sendo o almejo da alma malogrado resta apenas perguntas que se tem como respostas apenas o silenciar do acto, facto! Ora como esperar respostas daquilo que muda sentias, não vive, apenas coexiste em meio ao desejo, achava-me erudito daquilo que nem mesmo me perguntara...
Desejo compulsivo de outrora um tanto enfático visto imprescindível
Hoje enclausurado,titubeando aos adereços do plano, vitimado daquilo que dantes fora o suposto efectivo e agora apenas o triste e amargo facto.
Deixei-me ao silêncio, não que minh’alma há de se tornar muda ou que ainda quisera balbuciar-te algo, apenas o meu desejo que ao tactear o sonho, impusera então ao acto, facto!
Assim apenas me desvaneci no silêncio...