Nome não
a chuva começou a cair
dançando tão graciosa
contando tantos segredos
lavava a alma
pedindo terra
quem olhava de longe
via um borrão
no meio da chuva
tomado pela sua voz suave
ali no meio dela
junto dela
tomando dela
doando pra ela
pele
alma
sal
perdido no meio da chuva
refém
com sede e receio de suas histórias longas
suas histórias tristes
escutava um Deus
que repetia num susurro
o mergulho de cada gota