no tittle

Tomar as melhores decisões, assim que lhes são exigidas. Por que, necessariamente, há de se fazê-lo? Geralmente por não haver escolha, a não ser, naquele momento, escolher. Assim, de uma vez só. Perigosas tomadas de decisão, de medicação, de aguardo de alguma notificação que se lhe mostre eficaz. Eficácia garantida no fim de tudo. Se existe o desejo em findar-se com tudo, há também aí uma escolha. Uma e irrevogável escolha. Todos sabem qual é mas não gostam de nela pensar. E, aos que gostam, um aviso: estão tão próximos de escolhê-la que nem ao menos percebem tal magnitude. Perigo. Perigo este ser a que denominamos "humano". Pelo menos em sua composição física, de carne, osso, pele, órgãos, sim. Mas, seremos mesmo humanidade cercada de atos realmente humanizados? Acho que não.

Pela estrada a fora, a vida lhe interpõe obstáculos, mais e mais decisões acerca deles. Mas, pense bem, até ao ignorá-los você escolheu. Até aí é uma possibilidade [mesmo que de má-fé] de agir sobre este "mundo, vasto mundo". Escolhas. Não há jeito de escapar delas. Nem fingindo um sono profundo. Ou escolhendo um sono eterno. "Eternificados" que somos. Que podemos escolher ser.

Lorene
Enviado por Lorene em 13/11/2010
Código do texto: T2614163
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