Agora...
-Dê o emprego para o rapaz!
-Não tenho este poder.
-Sim, você sabia que já estudei no seminário?
-Não!
-Pois, foi muito bom lá.
-Por-que não ficou lá, então?
-Sei lá, acho que não tenho vocação.
-É como se queimar no fogo.
-Como assim? Não entendi.
-Pois acho que todos e todas devem assumir.
-Assumir o que?
-Assumir o que é e o que lhe dá prazer.
-Pare com isso eu não sou isso.
-E é?
-Pois não parece!
-Agora você me ofendeu. Não há a menor possibilidade!
-Eu não me nego os prazeres da vida. Freud explica.
-Devasso!
-Por-que? Prazer é prazer não importa o tamanho.
-Está vendo como você é? Do nada retiras chacotas.
-Não, não é isso.
-Então, dê o emprego para o rapaz! Estou esperando viu!
-Está bom, mas não tenho todo esse poder.
O rapaz levantou-se delicadamente do assento onde estava para voltar ao que ele estava sentado. Ao passar por um aluno, ele deu um grito sem perceber, foi um acidente: “Não me decepcione”.