Quem sou eu?
Às vezes eu sinto
aquilo que sempre quero sentir
E sempre entendo
aquilo que só às vezes quero entender
Unicamente como qualquer um
Eu equilibro o peso da verdade
Com a leveza da mentira
E levo a vida,
Contente, contida
Metade viva
Metade tentando viver
Procuro cuidadosamente
Aquele sonho que me deixou
E pela ruas que vou e passo
reclamo em gritos baixos
do que foi perdido e nunca achado
dos meus sonhos assassinados
da minha vida sem sabor
Penso bem e penso tanto
E não há pergunta que me faça
A resposta sempre tão insensata
Afinal, quem sou eu?