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A Vida Que a Gente Leva

Não tenho medo de nada
porque vivo minha vida
como quem sorve uma taça
de preciosa bebida
saboreio lentamente
cada hora, cada dia
nas coisas que tão somente
fazem a minha alegria



               Será mesmo que em algum momento da vida não temos medo de nada? Reflito que parte do que chamo “minha coragem” vem da força de reconhecer que tenho medo  da incerteza, mas, atrevidamente, enfrento-o.
              Reflito também que do meu mundo de algumas certezas e muitas buscas, nas minhas atitudes perante a vida, por apresentar este "destemor" ouvi, desde menina “atrevida” em variados tons.   Alguns de troça, outros tantos de recriminação.
                 Aprendi que ser “atrevida” era ser metida a gente grande, querer participar de conversa de adulto, não ouvir calada um “sermão”, não “levar desaforo para casa.”
                  Aprendi com e na vida a ressignificar o adjetivo, quando era dito para depreciar, para qualificar meus melhores feitos e me permitir ser atrevida pela vida a fora.
                  Sempre me pergunto, me ouço, respeito o que penso, o que sinto. As lágrimas e as risadas sempre terão a mesma importância pois são a expressão mais intensa dos meus sentimentos.Confesso sem culpas certa dose de egoísmo quando reflito sobre o que quero, sobre o que levarei da vida.

Eu te dou um forte abraço
eu canto
eu digo um agrado
tudo pra ver teu sorriso
o teu sorriso é sagrado
e, às vezes, apenas isto
é luz que dissipa a treva

A gente leva da vida, amor
a vida que a gente leva


                       Guardarei da vida o melhor. Levarei o que considero o maior dos atrevimentos: o direito de ser quem sou.Sei que sempre me atrevi e sempre me atreverei a viver.E só para ratificar: minha esperança é imortal! 


ps.Leila Pinheiro canta lindamente esta música da Fátima Guedes . Veja o vídeo com imagens muito especiais.

http://www.youtube.com/watch?v=kbm8NvMfpKo&feature=related

Da Série UMA MÚSICA, UM POEMA, OUTRO TEXTO.