DECIFRAMENTO
Não bato ponto no seu cotidiano,
ao meu também sou estranha.
Tenho algo a me dizer e tenho medo de ser ouvida. Nego a palavra e estendo ao outro o meu olhar como quem pede encontro ou o confronto necessário para calar essa estranheza.
Mais que ternura busco deciframento. Um outro da mesma espécie que
me reconheça e me acolha no bando ou me espante de vez.Saberei ao
menos quem não sou.