A TARDE E EU
A tarde desmaia por sobre a rocha, se deixa abater, sem lutar, sem reagir, assim como eu.
A tarde esta sombria, fria e escorre por entre os olhos meus, a tarde se perde...
Uma lagrima gelada, suicida, que se precipita pelo abismo do rosto meu, carrancudo, serio,
cenho apagado, ainda agarrado aos beijos seus. Olho para a tarde e pergunto:
- porque não reage? Por que será que é tarde, não faz nada quando o sol vai embora.
Sabendo ela que na solidão, na escuridão tudo é triste. Parece que só exite. O negro da noite, me assuta pensar que hoje vai escurecer.
Oh! Tarde fria, Assim como eu estou aqui a te pedir, pra voltar pra mim, derramo sobre a tarde a minha incerteza, a minha tristeza, como a tarde desmaio os meus sonhos por sobre o abraço da utopia. Vejo você sumir como o sol que se prende no horizonte, vejo a tarde a morrer e eu sem saber como morro com ela.
Meus olhos também se fecham atrás desse rochedo colocado entre o mar e eu.
Tarde! como já é tarde, como o sol que te deixa levar pelo crepúsculo assim o meu sol, me deixou.
Lembro que ainda ontem a tarde estava linda o sol estava com ela e dançavam abraçados. Pularam juntos os rochedos e a tarde era do sol e raios brilhantes caiam sobre ela.
Ontem o sol e a tarde junto correram pra o mar, e nadaram abraçados rumo ao horizonte. Mas hoje a tarde chegou sozinha e o sol não veio com ela, assim como eu estou sem você a tarde esta sem o sol.
Do mesmo jeito que você me trocou por outra luz, o sol trocou a tarde pela lua. Hoje uma chuva silenciosa chora por sobre a rua, lavando a tristeza a chuva companheira vem chorando, rasgando o véu por nós duas. Não quero ficar sem o meu sol, pois não sou como a tarde, não quero dividir o meu sol com a lua. Prefiro chorar com a chuva e lavar com ela a rua. Não posso perder o meu horizonte ou eu vou com o sol ou fico com a tarde e chuva chora por duas.
Escrita em: 15/07/1980
A tarde desmaia por sobre a rocha, se deixa abater, sem lutar, sem reagir, assim como eu.
A tarde esta sombria, fria e escorre por entre os olhos meus, a tarde se perde...
Uma lagrima gelada, suicida, que se precipita pelo abismo do rosto meu, carrancudo, serio,
cenho apagado, ainda agarrado aos beijos seus. Olho para a tarde e pergunto:
- porque não reage? Por que será que é tarde, não faz nada quando o sol vai embora.
Sabendo ela que na solidão, na escuridão tudo é triste. Parece que só exite. O negro da noite, me assuta pensar que hoje vai escurecer.
Oh! Tarde fria, Assim como eu estou aqui a te pedir, pra voltar pra mim, derramo sobre a tarde a minha incerteza, a minha tristeza, como a tarde desmaio os meus sonhos por sobre o abraço da utopia. Vejo você sumir como o sol que se prende no horizonte, vejo a tarde a morrer e eu sem saber como morro com ela.
Meus olhos também se fecham atrás desse rochedo colocado entre o mar e eu.
Tarde! como já é tarde, como o sol que te deixa levar pelo crepúsculo assim o meu sol, me deixou.
Lembro que ainda ontem a tarde estava linda o sol estava com ela e dançavam abraçados. Pularam juntos os rochedos e a tarde era do sol e raios brilhantes caiam sobre ela.
Ontem o sol e a tarde junto correram pra o mar, e nadaram abraçados rumo ao horizonte. Mas hoje a tarde chegou sozinha e o sol não veio com ela, assim como eu estou sem você a tarde esta sem o sol.
Do mesmo jeito que você me trocou por outra luz, o sol trocou a tarde pela lua. Hoje uma chuva silenciosa chora por sobre a rua, lavando a tristeza a chuva companheira vem chorando, rasgando o véu por nós duas. Não quero ficar sem o meu sol, pois não sou como a tarde, não quero dividir o meu sol com a lua. Prefiro chorar com a chuva e lavar com ela a rua. Não posso perder o meu horizonte ou eu vou com o sol ou fico com a tarde e chuva chora por duas.
Escrita em: 15/07/1980