UM GRANDE AMOR E DOIS PEIXINHOS...
Acampados ...bem pertinho
do Rio Verde,
ela ainda insistia com sua
varinha de pescar,
lançando a isca várias vezes.
Eu já esgotara
minha paciência.
A água do rio estava tão
morna quanto
seus lábios,que vez por
outra
se cruzavam
querendo beijos
para compensar este dia
em que peixe nem aparecia.
Com certeza também tinham
aproveitado
o fim de semana alongado,
rsrs.
E além do mais
eu andava com umas idéias
ecológicas na cabeça,
que para ser sincero,
nem tinha mais vontade de
pescar, covardemente,
os pobres peixinhos...
Bem...eu digo...peixinhos....
mas ela tinha outras idéias
e achava que se
não pescasse como
imaginava,
pelo menos tinha o consolo
de já ter fisgado seu peixe
sobre a terra mesmo...
ou seja: eu.
Claro que ela sabia muito
bem que eu
já estava conquistado,
porque
nesse último Halloween
nem precisou usar
qualquer bruxaria.
Mas avisou:
se eu ficasse muito
atrás das sereias...
aí...sim....faria com as
próprias
espinhas dos pobres
peixinhos pescados
uma bela praga que me
afastasse de vez de
qualquer sereia,
principalmente daquelas
que cantavam hinos de
amor na beiradinha dos
córregos,rsrs.
Está bem...eu serei
comportado sim...e veja
meu amor...
Nem da barraca eu estou
saindo...
você notou isso?
Claro que notei meu amor...
também eu até sei
porque não sai...
Ah..é ? Você já sabe porque
não saio?
É adivinha agora?
Não meu lindinho..nada disso...
é que você quer
me amar com essa tua paixão
tiranossáurica...
Ah..amor...você está
exagerando não acha?
Naoooooo...quem exagera é
você, porque
enquanto você pensa naquilo...
eu penso em pescar...pois
pelo menos tenho
objetivos definidos.
Bem que você gosta de uns
peixinhos fritinhos não é?
Claro que eu gosto amor...
ainda mais fritos por você...
expertise...no assunto.
É...mas bem que você poderia
ficar comigo no rio
e tentar pescar algum não
é mesmo?
Sabe amor...antes eu adorava
pescar...mas agora tenho
pena
desses peixinhos.
Eu mudei amor...já não
gosto
mais de pescar...
E você sabe que prefiro
muito
mais tomar sol...
e dar umas voltinhas
pelas
redondezas.
Amoreco...está bem...
entendo,
mas pelo menos
sente-se
ao meu lado lá na
beira do rio...
enquanto pesco....
Hum...querida... acho que
vou pescar é outra coisa...
Como assim amor ?
Que outra coisa quer pescar?
...não entendi.
Ah...não entendeu?
Espera...então quando a
gente chegar na barraca.
Mas amor....nós não estamos
na barraca...
estamos sentados aqui
pescando...
Está bem querida...então me
dá um beijo...dá.
Dou...amor...até cem se você
quiser
e ficar depois quietinho
vendo eu pescar...
Então dá amor...quero muitos
beijos....
Com seus grandes olhos negros
ela se aproximou
do meu rosto...
E suavemente me deu um beijo...
nossa...que beijo...delícia...
Mas ao terminar seu
longuíssimo beijo ...senti
aquele sabor acre de peixe...uiiii...
Certamente...
ela pusera a mão na boca...
e pronto...tudo estava com sabor
e cheirando a peixe.
Hum...olhei para ela com a
sensação de dia santo...
dia de bacalhau...uiiii.
Lavei então minha boca no rio...
e agora estava
com gosto de rio na boca...
rsrs.
Não tinha mesmo jeito...
Ficamos ali
horas naquele rio que passava
como se estivesse cansado...
Nada se mexia...nada...
nada saltava na beirada,
mas bem ao longe,
como se rissem...de nós,
grandes peixes saltavam
quase um metro fora dágua.
Isso não era nada compreensível...
sem dúvida.
Enfim ela se cansou.Em quatro
horas de pescaria
ela tinha no cestinho dentro do rio
apenas dois peixinhos...que ainda milagrosamente nadavam.
Sugeri que ela soltasse os
pobrezinhos...
porque dois peixinhos não iriam
resolver nossa janta...
Então ela me pediu que os
soltasse...com uma condição:
de que mais tarde eu fosse seu
peixão....cheio de paixão...
Então soltei os dois que saíram
nadando até sumir na primeira
esquina do turvo Rio Verde.
Claro que ela desanimara...
por nada pescar...
Um rio tão grande e lindo...
e peixe que é bom, necas.
Voltamos à barraca...
e cansados nos deitamos
logo um sobre o outro...
Bem ...pelo menos sobraram
dois peixinhos vivos...Ela e eu...
rsrsr
E o que aconteceu nessa
cabana? Bem...
nós dormimos prá caramba
até o dia seguinte...rsrsr.
Ela sonhando com peixinhos.
Eu sonhando com ela...rsrs.
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-
Autor:Cássio Seagull
Prosa que fiz em 02-11-10 às 19h em SP
Lua minguante – encoberto – 21 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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Acampados ...bem pertinho
do Rio Verde,
ela ainda insistia com sua
varinha de pescar,
lançando a isca várias vezes.
Eu já esgotara
minha paciência.
A água do rio estava tão
morna quanto
seus lábios,que vez por
outra
se cruzavam
querendo beijos
para compensar este dia
em que peixe nem aparecia.
Com certeza também tinham
aproveitado
o fim de semana alongado,
rsrs.
E além do mais
eu andava com umas idéias
ecológicas na cabeça,
que para ser sincero,
nem tinha mais vontade de
pescar, covardemente,
os pobres peixinhos...
Bem...eu digo...peixinhos....
mas ela tinha outras idéias
e achava que se
não pescasse como
imaginava,
pelo menos tinha o consolo
de já ter fisgado seu peixe
sobre a terra mesmo...
ou seja: eu.
Claro que ela sabia muito
bem que eu
já estava conquistado,
porque
nesse último Halloween
nem precisou usar
qualquer bruxaria.
Mas avisou:
se eu ficasse muito
atrás das sereias...
aí...sim....faria com as
próprias
espinhas dos pobres
peixinhos pescados
uma bela praga que me
afastasse de vez de
qualquer sereia,
principalmente daquelas
que cantavam hinos de
amor na beiradinha dos
córregos,rsrs.
Está bem...eu serei
comportado sim...e veja
meu amor...
Nem da barraca eu estou
saindo...
você notou isso?
Claro que notei meu amor...
também eu até sei
porque não sai...
Ah..é ? Você já sabe porque
não saio?
É adivinha agora?
Não meu lindinho..nada disso...
é que você quer
me amar com essa tua paixão
tiranossáurica...
Ah..amor...você está
exagerando não acha?
Naoooooo...quem exagera é
você, porque
enquanto você pensa naquilo...
eu penso em pescar...pois
pelo menos tenho
objetivos definidos.
Bem que você gosta de uns
peixinhos fritinhos não é?
Claro que eu gosto amor...
ainda mais fritos por você...
expertise...no assunto.
É...mas bem que você poderia
ficar comigo no rio
e tentar pescar algum não
é mesmo?
Sabe amor...antes eu adorava
pescar...mas agora tenho
pena
desses peixinhos.
Eu mudei amor...já não
gosto
mais de pescar...
E você sabe que prefiro
muito
mais tomar sol...
e dar umas voltinhas
pelas
redondezas.
Amoreco...está bem...
entendo,
mas pelo menos
sente-se
ao meu lado lá na
beira do rio...
enquanto pesco....
Hum...querida... acho que
vou pescar é outra coisa...
Como assim amor ?
Que outra coisa quer pescar?
...não entendi.
Ah...não entendeu?
Espera...então quando a
gente chegar na barraca.
Mas amor....nós não estamos
na barraca...
estamos sentados aqui
pescando...
Está bem querida...então me
dá um beijo...dá.
Dou...amor...até cem se você
quiser
e ficar depois quietinho
vendo eu pescar...
Então dá amor...quero muitos
beijos....
Com seus grandes olhos negros
ela se aproximou
do meu rosto...
E suavemente me deu um beijo...
nossa...que beijo...delícia...
Mas ao terminar seu
longuíssimo beijo ...senti
aquele sabor acre de peixe...uiiii...
Certamente...
ela pusera a mão na boca...
e pronto...tudo estava com sabor
e cheirando a peixe.
Hum...olhei para ela com a
sensação de dia santo...
dia de bacalhau...uiiii.
Lavei então minha boca no rio...
e agora estava
com gosto de rio na boca...
rsrs.
Não tinha mesmo jeito...
Ficamos ali
horas naquele rio que passava
como se estivesse cansado...
Nada se mexia...nada...
nada saltava na beirada,
mas bem ao longe,
como se rissem...de nós,
grandes peixes saltavam
quase um metro fora dágua.
Isso não era nada compreensível...
sem dúvida.
Enfim ela se cansou.Em quatro
horas de pescaria
ela tinha no cestinho dentro do rio
apenas dois peixinhos...que ainda milagrosamente nadavam.
Sugeri que ela soltasse os
pobrezinhos...
porque dois peixinhos não iriam
resolver nossa janta...
Então ela me pediu que os
soltasse...com uma condição:
de que mais tarde eu fosse seu
peixão....cheio de paixão...
Então soltei os dois que saíram
nadando até sumir na primeira
esquina do turvo Rio Verde.
Claro que ela desanimara...
por nada pescar...
Um rio tão grande e lindo...
e peixe que é bom, necas.
Voltamos à barraca...
e cansados nos deitamos
logo um sobre o outro...
Bem ...pelo menos sobraram
dois peixinhos vivos...Ela e eu...
rsrsr
E o que aconteceu nessa
cabana? Bem...
nós dormimos prá caramba
até o dia seguinte...rsrsr.
Ela sonhando com peixinhos.
Eu sonhando com ela...rsrs.
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Autor:Cássio Seagull
Prosa que fiz em 02-11-10 às 19h em SP
Lua minguante – encoberto – 21 graus
Beijos e abraços para você...Boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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