Deus calou minha voz...
Do fruto que tu provas em tuas trovas,
Do mal que consome a saúde, a miude,
Dos cantos que cada encanto pode ter,
Da incerteza que forja a certeza de viver,
Do jeito que se curva o peito para amamentar,
Do jeito que Deus escreve na natureza,
Do jeito que a angustia pode ser evolução,
Do jeito que a mentira é falsamente verdadeira,
Do jeito que a vida é passageira,
Do jeito que o homem fala ele se cala.
Cala-se pela conveniência,
pela benevolência,
pela disciplina,
pela cosnsciência,
pela aparência...
Cala-se por piedade,
pelo poder ,
pela paternidade,
pelo dever...
Cala-se enfim quanto se rotula sabedor
dos destinos, sem poder controlar o proprio
intestino...
Cala-se diante da derrota,
quando não arrota vitória desmerecida...
Mas, a mulher não se cala sem razão,
apenas com o perdão...
Calar-se não é demerito, tampouco fraqueza,
faz parte da natureza...
E o reconhecimento da existência a um ser
Superior...
Deus, calou minha voz,
Não minhas palavras,
não meus gestos,não minha vida,
não meu destino;
no fim da vida, me transforma em menino...