ONTEM APENAS

Cedo,

Dia lindo

Eu com a corda toda.

Corre, corre

Vai e vem, trabalho, sufoco, stres.

Tarde,

Armou-se uma barra

P’ras banda do poente.

Chão vermelho, solto

Rodamoinho forte levantou poeira,

Papeis ,folhas.

Galhos caiam, um caos total.

No céu,

Raios de sol avermelhado, turvo

Na mistura de lixo e pó.

De repente,

Cai um tempo daqueles.

Imagine o banho que levamos.

Eu, comigo naquele momento,

Pensamos... nada vale a fúria

Tudo passa, a chuva, o vento, até mesmo

A raiva do instante.

Parei contei um a um todos os meus botões,

O banho estava tomado

Restou-me enxugar

E aprontar-me

Para amanhã.

Sebastião Bronze
Enviado por Sebastião Bronze em 08/10/2006
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