ONTEM APENAS
Cedo,
Dia lindo
Eu com a corda toda.
Corre, corre
Vai e vem, trabalho, sufoco, stres.
Tarde,
Armou-se uma barra
P’ras banda do poente.
Chão vermelho, solto
Rodamoinho forte levantou poeira,
Papeis ,folhas.
Galhos caiam, um caos total.
No céu,
Raios de sol avermelhado, turvo
Na mistura de lixo e pó.
De repente,
Cai um tempo daqueles.
Imagine o banho que levamos.
Eu, comigo naquele momento,
Pensamos... nada vale a fúria
Tudo passa, a chuva, o vento, até mesmo
A raiva do instante.
Parei contei um a um todos os meus botões,
O banho estava tomado
Restou-me enxugar
E aprontar-me
Para amanhã.