A invenção do silêncio

O silêncio dos doentes, sempre é mais forte que qualquer discurso médico,

o sábio do alto de uma montanha faz queimar o curriculo dos doutos acadêmicos.

o silencio que emana do espaço da sala indentificável que mais parece forte e incomodável

do que reforça a alegria e o riso, que parece querer remediar dor, alegria e compromisso

as flores rebeldes fracassaram, mas restam nós, as ervas daninhas

que rompem o silêncio com seus cantos fracassados

o grito da separação, o canto troncho do desafinado jovem cabeludo, as meninas nas ruas depois das 2 da manhã irritando com sua sensualidade os soldados, o grito desesperado de quem vê a morte

tudo isso rompe o silêncio, esse verme do dia-a-dia

o silencio que não preciso do "o" como artigo se desfaz,

se refaz em nós nos transformando e sendo ele, Silêncio

ps: Use Todorov, leia Kant, dance um Tango com Foucault, passe a noite cheirando gás com Torquato, se quiser compreender o que está escrito aqui.

Leondidas Junior
Enviado por Leondidas Junior em 01/11/2010
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T2591199
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