Meu verso voltou prá mim
Adivinha quem voltou prá casa hoje?
Meu verso.
É incrível É só eu voltar a ter atividade poética que ele volta.
Vou a uns saraus, volto a ler, recomeço a me corresponder com os amigos, volto a ligar para as minhas pessoas no caminho do escritório, levo meus sobrinhos para passear, saio prá dançar, vou ali namorar um pouquinho, encho a casa de música, me dou uma ou outra manhazinha de pensamento solto... E pronto: ele volta prá mim!
Agora, deixa eu começar a trabalhar umas 13, 14 horas por dia... trabalhar uns fins de semana direto... parar com tudo isso que me faz bem... Ele logo me olha como quem diz... "ou você para com isso ou eu vou embora, sua chata". Primeiro some uns dias. E, se eu não tomar cuidado, pode me deixar por semanas! Acredita numa coisa dessas?
Dessa vez foram duas semanas inteiras! Aí, me enviou dois poeminhas no fim de semana passado... e mais uma semana inteira desaparecido! Pensei comigo: “ ai.. ai... já retomei tudo o que o verso gosta... porque está se fazendo de difícil?”
Bem, hoje é domingo. O dia preferido do meu verso.
Acordei cedinho e fiquei ali olhando a manhã, com pensamento solto. Li um tantinho e, quando olho para o lado, está ele ali, olhando prá mim com cara de quem nunca saiu.
E eu?
Devia fazer doce... devia brigar com ele. Sumir desse jeito! Tanto tempo sem dar notícia! Isso não se faz! Devia ter dado uma dura nele! Ignorado um pouco. Mostrar quem é que manda aqui!
Devia... ah, eu devia... Só que eu estava com tanta saudade. Não deu! Meu verso me olhando daquele jeito que só ele me olha. Não deu prá fazer outra coisa senão também olhar para ele. Ficamos ali nos olhando em silêncio...
meu verso e eu
sorrisos nos olhos
eu esperando...
até ele me rodear
e transbordar em papel
Juro que ouvi um sussurro...
"Boba... achou mesmo que eu não voltava?"
Outubro de 2010
Adivinha quem voltou prá casa hoje?
Meu verso.
É incrível É só eu voltar a ter atividade poética que ele volta.
Vou a uns saraus, volto a ler, recomeço a me corresponder com os amigos, volto a ligar para as minhas pessoas no caminho do escritório, levo meus sobrinhos para passear, saio prá dançar, vou ali namorar um pouquinho, encho a casa de música, me dou uma ou outra manhazinha de pensamento solto... E pronto: ele volta prá mim!
Agora, deixa eu começar a trabalhar umas 13, 14 horas por dia... trabalhar uns fins de semana direto... parar com tudo isso que me faz bem... Ele logo me olha como quem diz... "ou você para com isso ou eu vou embora, sua chata". Primeiro some uns dias. E, se eu não tomar cuidado, pode me deixar por semanas! Acredita numa coisa dessas?
Dessa vez foram duas semanas inteiras! Aí, me enviou dois poeminhas no fim de semana passado... e mais uma semana inteira desaparecido! Pensei comigo: “ ai.. ai... já retomei tudo o que o verso gosta... porque está se fazendo de difícil?”
Bem, hoje é domingo. O dia preferido do meu verso.
Acordei cedinho e fiquei ali olhando a manhã, com pensamento solto. Li um tantinho e, quando olho para o lado, está ele ali, olhando prá mim com cara de quem nunca saiu.
E eu?
Devia fazer doce... devia brigar com ele. Sumir desse jeito! Tanto tempo sem dar notícia! Isso não se faz! Devia ter dado uma dura nele! Ignorado um pouco. Mostrar quem é que manda aqui!
Devia... ah, eu devia... Só que eu estava com tanta saudade. Não deu! Meu verso me olhando daquele jeito que só ele me olha. Não deu prá fazer outra coisa senão também olhar para ele. Ficamos ali nos olhando em silêncio...
meu verso e eu
sorrisos nos olhos
eu esperando...
até ele me rodear
e transbordar em papel
Juro que ouvi um sussurro...
"Boba... achou mesmo que eu não voltava?"
Outubro de 2010