O amanhã prometido não existirá!

Não há porque mentir sozinho se pode mentir aos montes, em rede, falsear o passado e prever o futuro, prometer tudo, o subsolo e o ar, o verde e a mata, os pássaros... Enquanto se trava a batalha final, a floresta queima, os poetas se masturbam e a horda faz fila para por um xis em tanto faz.

Vamos todos para o amanhã, as manchetes nos aguardam, as pesquisas e o resultado. O prometido já empacotado nos espera em papéis de sede, o oco é o centro de tudo, nada é o que nos darão e o que sobrará da festa pobre que armam sobre o planeta, sobre a seca no Amazonas, o ar ácido das capitais, o mal, o capital, permeia tudo e dita o socialismo bastardo, como fui besta em ter acreditado, talvez apenas para sobreviver, mas enfim, eu sei, o amanhã prometido já foi vendido, não existirá.

Gil Petrus
Enviado por Gil Petrus em 27/10/2010
Reeditado em 27/10/2010
Código do texto: T2580751