Escute-me, ó pobre vida!
Parado estou por entre os labirintos de sua ganância.
Aguardo calmamente seus caminhos abrirem-se.
Do que queres não tenho, mas tenho do que precisas.
Será que por isso não sou digno de sua atenção?
Será isso justiça? Será vingança?
Posso ao menos esperar uma mudança?
Se for o caso, que não demore muito.
Mova-se com destreza para não nos perdermos.
Livre-nos de seus altos muros.
Mostrar-lhe-ei então a intensidade de um sentimento.
Verás que não se faz necessário tamanha materialidade.
Escute esta voz vil, daquele que lhe anseia!