ESCURIDÃO
No final da tarde de cada dia, suas forças se esvaia, seu corpo inerte caia e se envolvia, no manto negro da noite. Sua mente, prisioneira da escuridão, solitária, percorria os labirintos dos desejos, até a exaustão. Adormecia.
Em todas as manhãs, ao acordar, desnudava-se do desconforto da desilusão que a envolvera durante toda a noite, revestia-se nas cores mais vibrantes da esperança e partia em busca do seu raio de sol, que vislumbrava no horizonte.
E assim, se repetia, dia após dia, até as lembranças esmaecerem e misturarem-se a escuridão.