O EU E AS ABELHAS
Na imensa solidão espiritual há uma multidão de espectros não convidados. Chegam do nada... Zunem aos ouvidos, só pra chamar a atenção. São aparvalhadas abelhas. Por vezes, na primavera, quando se abrem as flores, – descuidadas no voo – deixam cair respingos do pólen recém-colhido. E lambuzam de mel as trilhas por onde passam. O pólen e o mel cauterizam o fel dos invernos...
– Do livro O AMAR É FÓSFORO, 2012.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/2570853