Paz na alma...

Que o céu azul divinal...

Resplandeça sobre a noite fria e injusta,

Que tem assolado meu sono,

Que tem me tirado a paz..

A paz que tenho gritado com voz firme em terra morta.

Que os lençóis brancos e voadores dos meus sonhos,

Não fiquem encardidos com a poeira.

A poeira do esquecimento, da solidão...

Que tenta a todo instante,

Mofar minhas certezas e me tirar a direção.

Que o fundo musical dos meus sentidos...

Não fique em silêncio.

Que os desígnios do meu coração...

Não sejam só emoção,

Mas temperados com pitadas de razão.

Quando meus olhos chorarem...

Escorrendo pelos caminhos da minha vida,

E desaguando no mar da minha boca...

O paladar seja sal, visceral...

Não quero inferno astral, nem inglória.

Quero vendaval...

Vendaval de amor, mas com pitadas de força.

Para enfrentar a vida e suas feridas.

Pois quero ainda que sofrida...

Flores em todas as estações.

E que os meus ouvidos não desanimem e atentos fiquem...

Para ouvir ao longe a música tocada por sião,

Que me sustenta a alma...

Que me trás calma,

Me encanta...

E põe freios na agitação do meu coração.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 21/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2570514
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