Negligência materna

Onde eu estava que não a vi chorar?

Onde eu estava que não ouvi seu pranto?

Seu sofrer evidente e eu não percebi.

Como pude?

Não há desculpas para uma mãe indiferente aos apelos filiais.

Oh Deus, tu me deste a bêncão da maternidade.

Três anjos que me escolheram a companhia e a condução.

E eu? O que fiz? O que faço?

Como estou cumprindo essa honrosa missão?

Ninguém melhor do que eles

para avaliar meu desempenho nesta difícil tarefa.

Sabemos...

somos modelos,

somos exemplos,

mas somos humanos.

Erramos e acertamos.

Amamos.

Os amo profundamente.

E apesar de minhas falhas, agradeço a cada um deles

a oportunidade de galgarmos juntos estes intrincados degraus da evolução.

Suzana Duraes
Enviado por Suzana Duraes em 21/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2570061
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