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ÁGUAS DO CÉU QUE CHORA...
Escorrem em abundância. As águas vêm de lá do céu turvo e feio sem sua azulada alegre beleza. Deslizam do mesmo modo, tórridas lágrimas da mulher. Tem o rosto nublado denunciando clima ruim sem vestígio de melhoria no tempo fechado dentro em si.
Na face do céu, nenhum brilho irradiando tempo bom. Nos olhos da mulher, nem um tênue fio de Sol para clarear a alma que chora. Como que diante de espelhos mulher e céu miram-se. Refletem imagens nebulosas identificando entre ambos a ocasião favorável de deixarem rolar as águas sentidas . Permitem extravasarem-se em enchentes cálidas lavando sentimentos que ferem o coração alterando o ar sereno dos tempos bons ensolarados e das horas do riso fácil e contagiante.
Céu e mulher esperam que se faça Primavera interior para voltarem a sorrir. Nessa hora apreciaremos risos azulados brilhantes e ensolarados na cara do céu aberto em felicidade imensa. E nos olhos da mulher a alegria florida irradiando luz será admirada e dos seus lábios perceberemos doces cantos dos dias sem nuvens, plenos em lirismo!