Ele e ela

Ela passou. Ele parou e pensou: lhe deu a mão.

Ela olhou, ele notou. Ela, enfim, consentiu. Ele, por fim, lhe sorriu: a guiou, então.

Ela a cantar, ele a suar, eles a conversar: as horas passaram, as músicas tocaram, incessantes até raiar.

A guiou, então. Da noite fez-se dia, da monotonia a poesia, da solidão a harmonia e, da oração, o verbo, o verso e a vida.

Ela lhe deu a mão. E a sensação, de tanto sentir, fez sentido.

A sensação é de que não era mais em vão.

De tanto sentir, a viver e a sorrir, fez sentido: amaram-se então.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 18/10/2010
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