Ele e ela
Ela passou. Ele parou e pensou: lhe deu a mão.
Ela olhou, ele notou. Ela, enfim, consentiu. Ele, por fim, lhe sorriu: a guiou, então.
Ela a cantar, ele a suar, eles a conversar: as horas passaram, as músicas tocaram, incessantes até raiar.
A guiou, então. Da noite fez-se dia, da monotonia a poesia, da solidão a harmonia e, da oração, o verbo, o verso e a vida.
Ela lhe deu a mão. E a sensação, de tanto sentir, fez sentido.
A sensação é de que não era mais em vão.
De tanto sentir, a viver e a sorrir, fez sentido: amaram-se então.