INTERROGAÇÕES E EXCLAMAÇÕES EXISTENCIAIS
(E algumas reticências)
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Com olhos de fogo só pode ser a sorrateira!
Só a morte é que atravessa a porta estreita!
Seu beijo é a primeira vez e a derradeira...
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Amortalhada de angústia de uma vida inteira?
Só a morte é que atravessa a porta estreita!
Beija-me mais uma vez que seja a verdadeira...
Será um aviso num sonho ou um sonho num aviso?
Na calada da noite, o que é que me anuncia?
Vai-te embora, muita coisa na vida eu preciso!
Nem ainda terminei com o meu pouco de poesia!
Bem no meio desse verso, ainda tão impreciso...
Só a morte para aparecer a esta hora do dia!
Na calada da noite vem me deixar tão indeciso?
Viver ou não toda a dor dessa infame poesia...
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Que levanta comigo e comigo toda noite se deita?
(E algumas reticências)
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Com olhos de fogo só pode ser a sorrateira!
Só a morte é que atravessa a porta estreita!
Seu beijo é a primeira vez e a derradeira...
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Amortalhada de angústia de uma vida inteira?
Só a morte é que atravessa a porta estreita!
Beija-me mais uma vez que seja a verdadeira...
Será um aviso num sonho ou um sonho num aviso?
Na calada da noite, o que é que me anuncia?
Vai-te embora, muita coisa na vida eu preciso!
Nem ainda terminei com o meu pouco de poesia!
Bem no meio desse verso, ainda tão impreciso...
Só a morte para aparecer a esta hora do dia!
Na calada da noite vem me deixar tão indeciso?
Viver ou não toda a dor dessa infame poesia...
Na calada da noite, quem é que me espreita?
Que levanta comigo e comigo toda noite se deita?