TRANSEUNTE PARASITA

Quando a vida vale menos que um verme,

Sob o olhar de um transeunte parasita,

E deixamos de sentir a nossa derme,

Na profundeza da depressão que nos habita,

Nossa sombra assusta mais que a praga mor,

Inebriada pela maldade que interdita,

A nossa mente em pavor desfigurada,

Não há beleza e nem amor que nos excite,

Somente a morte nos atende aos requisitos,

De uma tristeza erradicada sem palpites,

Mas deixo claro a minha ira antecipada,

Toma teu rumo ô morfético rabugento,

Procura outro para suprir a tua estrada,

Tua ganância me fez cair em um abismo,

Hoje ciente não me rendo aos teus caprichos,

A mim já chega desta fartura de cinismo,

Me sacrifico mesmo sem ter o paraiso,

espero ser, gentil sincero e conciso.

PUBLICADO NO FACE EM 29/03/17