Amor sem fantasia

Se tirar as fantasias que em mim vestiu, será que sobrará amor?

Mesmo olhando em meus olhos, não foi capaz de me enxergar ou de realmente me conhecer e sem pedir licença, vestiu em mim suas fantasias, vendo somente o que quis ver. Não me respeitou, não me aceitou e quem eu realmente sou nunca fez diferença pra você, e dessa forma, cegamente tentou me mudar, me moldar a sua maneira e assim, o sentimento passou a se perder, guiado por verdades que não existiam, ao menos não em mim. Já sem forças para seguir dessa maneira, eu chamei sua atenção, gritei, fiz tudo o que pude, mas você não quis me ouvir, preferiu ignorar cada sinal. É hora de encarar a realidade, não sou quem você quer que eu seja… Eu sou presente, eu sou futuro e sinceramente, não quero vestir o seu passado. O sonho acabou, fim das alegorias, das fantasias, do sorriso, o sonho deu lugar a realidade, onde as lantejoulas já nem brilham tanto sem as cores de suas verdades inventadas. O sentimento volta a ser só mais um sentimento, perdido, solitário, traído pelo conto do vigário, um faz de conta, onde não passei de um mero coadjuvante, sem fala e sem um final feliz. Ao meu lado você sorriu, se divertiu e eu não pude compartilhar nada disso contigo, pois sua alegria só você viu e a minha, ainda não sei onde é que está. Ao seu lado eu nunca sei quem sou, se eu mesmo ou se só parte de mim, só sei que pra você isso nunca importou … A real é que apenas se amou em mim e nunca realmente me amou.

(Felipe Milianos)

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Vestiu-me do jeito que bem quis

Escreveu as minhas falas

Desenhou-me um sorriso feliz

Enrolou o meu cenário

Se fez de visionário

Eu fui a sua atriz

Sorriu das minhas gesticulações

Escolheu todas as canções

E eu sempre cerviz

Quando o plauso em fim rolou

Quis saber se era amor

Falou-me de um tempo nutriz

(Janaína Cruz)

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Eu sempre quis

Você nem por um triz

Permitiu a minha cicatriz

Você fez viver a cada segundo a minha dor

Do meu sofrer fez o legítimo valor

Você foi o remédio demasiado

Que me intoxicou

Foi o banho de ervas

Que me despiu da credibilidade

Do Amor

Você fez acontecer em ti

O carpe Diem

E eu em mim

O triste fim

É,você se vestiu de alegria

Enquanto em mim

Só lidava com melancólicas fantasias

Você fantasiou o sim

E eu tentei expressar o minuto de um sim

Mas obtive apenas um fim

Não sobrou amor, enfim.

(Monique Bright)

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Fantasias todos nós temos...

Sonhos, desejos...

Buscamos o Romeu que por sua Julieta é capaz de morrer e matar...

Buscamos o super herói que para nos proteger sempre vem nos salvar...

Mas não vemos que diante da realidade o que nos resta é só a confusão...

Confusão esta de sentimentos que por um momento nos deixa sem chão...

Porque diante do outro as fraquezas se mostram e damos adeus a ilusão...

Mas se o amor é verdadeiro, porque ter medo do outro então?

Quando as máscaras caem o que realmente sobra é eu e você...

De cara limpa, sem misancê...

E se isso nos separa...

Se o que sobressai são as falhas...

Então o amor de fato não se teve....

Mas se insistimos nessa verbe...

Se continua tudo em nós...

Então o amor ganha voz...

Mesmo ele não sendo lógico...

Mesmo que tudo pareça inóspito

Ele enfim se torna sólido...

Mas se tirando as fantasias que em mim vestiu...

O amor de repente sumiu...

É porque dentro de nós ele de fato nunca existiu...

(Ale Amoreira)

(Agradeço as meninas pela interação nessa questão - Meu carinho a cada uma de vocês)