RUMO INCERTO

Chagaspires

O vento forte que vem lá das bandas do mar provoca arrepio.

A folha do coqueiro quase que toda dobrada parece lutar com o vento que inconseqüente fustiga as palhas querendo arrancá-las.

A areia corre por sobre a praia em desalinho formando aqui e ali pequenos redemoinhos que parecem estranhos caracóis na brancura da manhã.

A procela encapelada uma a uma vem debruçar-se sobre a areia para logo depois transformar-se em bolhas sonoras e se desmanchar.

O sol tentando despontar na paisagem luta com o nimbo querendo aparecer no cenário multicor.

A jangada singra mar adentro levando o jangadeiro que como sempre cheio de esperanças, parte logo cedinho a procura do tão almejado sustento.

São cinco horas de uma manhã de outubro e assim desperta a humanidade e segue seu rumo incerto.

Chagaspires
Enviado por Chagaspires em 15/10/2010
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