Madrugada
Dançam as cortinas
com o passar da brisa,
sem sons e sem par.
E a exuberante lua,
numa linha ao fundo,
observa a madrugada estacionar.
Sem assuntos, sem palavras,
tudo é mudo, mais nada,
não ouço o barulho de construções,
nem ouço carros nas ruas,
ou batidas à porta,
nem mesmo crianças a brincar nas calçadas.
O mundo é apenas vazio e quieto,
até a alvorada.