Uma História de Vida (Reeditando essa prosa por ser hoje o dia que se comemora a inocência da vida que o dia da criança)

Sou uma vida seca,

A inocência a muito perdi,

Meu olhar fita o nada,

Meu passado é de horror,

O presente é violento,

O futuro é obscuro.

Do amor!

Conheço a ausência,

Mais em compensação o desamor conheço bem,

Ele está sempre presente.

Minha barriga está vazia pela fome.

O único alívio que me faz esquecer o meu triste destino,

É o odor da cola na mente.

Sou fraco,

Frágil,

Mais finjo e faço-me de forte,

Violento,

Para não ser trago pela vida.

Tenho como morada somente a rua certeira,

Nesta vida obscura.

Em minhas mãos,

Trago sempre um vidro de cola no

Lugar de um brinquedo.

Pois a infância a muito

Perdi e esqueci.

Carinho!

Não conheço,

Mas, meus olhos já viram muitos horrores.

Sonhos, não os tenho.

Porque da vida, só vivo o pesadelo.

Sei que para muitos,

Sou o lixo social,

Mais não faz mal,

Porque meu coração já está embrutecido.

Pois a vida simplesmente esqueceu que existo,

A única ambição que tenho,

É somente um prato de comida.

Assim sendo,

Vivo sempre no limite da existência.

Ás vezes, pergunto-me...

Deus o que sou?

Não ouço resposta por mais que deseje.

Então!

Penso.....

Sou apenas uma criança

Que da vida até agora só conhece a miséria

E o lado negro do existir,

Fui abandono a minha própria sorte. .

Vivo na mais negra solidão,

Não passo de uma criança de rua.

E tudo que desejo é somente um sorriso de amor,

Um abraço para me acalentar,

Uma família para amar.

E assim!

Deixar essa minha triste história de vida para atrás.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 12/10/2010
Código do texto: T2551799
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