Imaginar
Lembra-se do nosso íntimo momento em que éramos crianças afetadas pelas crendices da imaginação? Vivíamos por mundos tão seus quanto meus. Encarando situações nocivas para nossa ingênua complexidade.
E tudo era simples, infantil e sem rótulos, sem máscaras. Tudo parecia uma completa obra de arte inocente, cheias de cores vida e sentimentalismo.
Nossos delírios se aproximavam mais de Deus do que nossa fé sem base. Nos nutríamos de carinho, amor e sorrisos sinceros – àquela época, falsidade não era uma palavra conhecida.
E tudo cabia em nossa realidade: animais que falam, varinhas mágicas, carros supersônicos...
E eu era feliz,
Você imaginário
E nós vivos.