NOTAS DO TÉDIO I
Tédio (lat taediu) sm 1 Desgosto profundo.
2 Enfado, fastio.
Melhor assim, melhor para mim tudo assim
Não me encanto com o encanto dos deuses
Nem me assusto com o terror dos demônios
Milagre é ainda se acreditar em milagres
Não me cobro alegrias nem essa tal felicidade
Sou feito de contingências como a realidade
E um pouco de sonhos que tenho à vontade
Conheço os meus medos e eles são tão tolos
Mas preciso deles para buscar cada verdade
A imaginação é um terreno fértil para plantar
As invenções do pensamento e alguns desejos
Nem todos e nem todas, que não brotam mesmo
Há gente no mundo de hoje que se ilude em mídia
Se deu no jornal é real, se passa na novela também
Eu não! Não invisto em esperanças, não creio nelas
Como não creio em fantasmas, bruxas e espíritos
Creio que o ser humano precisa aprender a ser só
E sendo só ser somente humano e nada mais
Creio em que? Que não vale a pena crer em nada
Tolice abandonar esta vida em busca de outra
Tão além e tão sobrenatural e tão improvável
Desculpas esfarrapadas para não se querer viver
Não aceitar a nossa efemeridade, que tudo acaba
Que a vida é gota d'água no oceano da eternidade
Desgosto profundo, enfado, fastio, um tédio isso
Viver é uma aventura muito perigosa
E não vou disfarçar os riscos a correr
Nem vou correr desse tédio de agora
Que as coisas ditas ruins da vida sirvam
Pelo menos para aprender as coisas boas
Tédio (lat taediu) sm 1 Desgosto profundo.
2 Enfado, fastio.
Melhor assim, melhor para mim tudo assim
Não me encanto com o encanto dos deuses
Nem me assusto com o terror dos demônios
Milagre é ainda se acreditar em milagres
Não me cobro alegrias nem essa tal felicidade
Sou feito de contingências como a realidade
E um pouco de sonhos que tenho à vontade
Conheço os meus medos e eles são tão tolos
Mas preciso deles para buscar cada verdade
A imaginação é um terreno fértil para plantar
As invenções do pensamento e alguns desejos
Nem todos e nem todas, que não brotam mesmo
Há gente no mundo de hoje que se ilude em mídia
Se deu no jornal é real, se passa na novela também
Eu não! Não invisto em esperanças, não creio nelas
Como não creio em fantasmas, bruxas e espíritos
Creio que o ser humano precisa aprender a ser só
E sendo só ser somente humano e nada mais
Creio em que? Que não vale a pena crer em nada
Tolice abandonar esta vida em busca de outra
Tão além e tão sobrenatural e tão improvável
Desculpas esfarrapadas para não se querer viver
Não aceitar a nossa efemeridade, que tudo acaba
Que a vida é gota d'água no oceano da eternidade
Desgosto profundo, enfado, fastio, um tédio isso
Viver é uma aventura muito perigosa
E não vou disfarçar os riscos a correr
Nem vou correr desse tédio de agora
Que as coisas ditas ruins da vida sirvam
Pelo menos para aprender as coisas boas