À lua

À vontade...

À luxuria...

À desgraça...

À desesperança...

A tudo isso....

Que me destroi...

Não reconstrói...

Insulta profundamente...

Que me enterra...

À morte...

À quase-vida...

À meia-morte...

À noite e meia...

A esse tudo...

Que me alimenta...

Me condena...

Segue arrastando...

Machucando...

A todo esse...

Àquele...

Aquilo...

A alguém...

Outrem...

Que não seja eu...

Meu...

Nem seu...

Entregue essa lua, cheia de misericórida...

Tão sonhada lua, com todos seus problemas...

Tão clarão da lua, com todos seus mistérios de sobra...

Ao brilho do clarão da lua...

Que agora mata a quem sai ao sol!

Afonso Herrera
Enviado por Afonso Herrera em 09/10/2010
Reeditado em 11/12/2010
Código do texto: T2546771
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.